Dia Mundial do Rim: campanha alerta para conscientização e prevenção das doenças renais

Publicado em 14 de março de 2019 por Nayra Andrade.

Dia Mundial do Rim 2019 - Saúde dos Rins. Apoio Sociedade Mineira de Nefrologia

Idealizado pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), o Dia Mundial do Rim é celebrado na segunda quinta-feira de março. Neste ano, a data é comemorada hoje, dia 14, e tem como objetivo reduzir o impacto da doença renal em todo o mundo. Com o tema “Saúde do rim para todos”, o dia é marcado por estratégias para a prevenção de doenças renais e a conscientização para um diagnóstico precoce.  

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), é estimado que atualmente no mundo, 850 milhões de pessoas tenham doença renal, decorrente de várias causas. A Doença Renal Crônica (DRC) possui uma alta taxa de mortalidade e causa, pelo menos, 2,4 milhões de mortes por ano. Os dados estimam ainda que 1,7 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência da Injúria Renal Aguda (IRA), um importante fator de risco da DRC, que afeta mais de 13 milhões de pessoas no mundo.  São números assustadores e que crescem a cada dia.

A DRC e a IRA são patologias impactantes para o aumento da morbidade e mortalidade de outras doenças, como diabetes, hipertensão e da presença de infecções por hepatites, HIV, malária e tuberculose presente em muitos lugares do mundo. De acordo com a presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia, Lilian Pires de Freitas do Carmo, a DRC é hoje um grande problema de saúde pública, tendo em vista que suas principais causas são a hipertensão e diabetes, doenças silenciosas, mas que são tratáveis, sendo necessário que a população faça avaliação periódica de saúde. “Apesar do crescente diagnóstico, a disparidade e a desigualdade na saúde renal ainda são comuns. A DRC e a IRA frequentemente são agravadas pelas condições sociais, falta de informação em relação às doenças renais, riscos ocupacionais, poluição do meio ambiente entre outros fatores”, explica.

O Dia Mundial do Rim tem como finalidade promover a saúde da população, garantindo acessibilidade à informação e tratamento da doença renal em todos os grupos socioeconômicos. Diversas atividades serão realizadas em todo o país, visando ressaltar a importância da saúde renal e conscientizar as pessoas sobre a necessidade da prevenção e diagnóstico precoce da DRC.

No estado, a Sociedade Mineira de Nefrologia (SMN), em parceria com a Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), abraça essa causa e ilumina a sede da entidade de vermelho e azul durante todo o mês. Atividades como aferição de pressão, orientações a pacientes e carreatas acontecem em 44 cidades de Minas. Belo Horizonte também participa da campanha.

Médicos e profissionais da saúde prestarão informações e orientações em diversos locais. Confira onde participar:

  • Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais
  • Centro de Nefrologia do Hospital Evangélico (Unidade Contorno)
  • Clínica Nefrológica de Minas Gerais
  • Hospital Governador Israel Pinheiro
  • Hospital Universitário Ciências Médicas
  • Instituto Mineiro de Nefrologia

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte acontecem as ações nos seguintes locais:

  • Centro de Nefrologia do Hospital Evangélico (Venda Nova)
  • Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais (Betim)
  • AEBMG – Centro de Nefrologia (Contagem)
  • Confira a programação completa em: www.sbn.org.br.

DOENÇA RENAL CRÔNICA

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por lesão nos rins, com diversas consequências, pois os rins têm muitas funções, dentre elas: regular a pressão, filtrar o sangue, eliminam as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras. Em geral, nos estágios iniciais, a DRC é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas ou eles são poucos e inespecíficos.

Assim, é fundamental a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, que tem tratamento e que pode ser observada com a realização de exames de baixo custo, como o exame de urina e a dosagem de creatinina no sangue.

O transplante renal, segundo especialistas, é considerado o tratamento com maior relação custo-benefício para a DRC, no entanto, nem todo o paciente é candidato ao mesmo, por inúmeros motivos, sendo a prevenção o melhor caminho. Além disso, o procedimento cirúrgico, a infraestrutura, a exigência de equipes altamente especializadas, disponibilidade de doadores de órgãos, requisitos legais, e o viés cultural existente em muitos países contra a doação de órgãos, representam importantes barreiras, tornando a diálise o tratamento  mais viável em alguns casos.

Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia e Associação Médica de Minas Gerais

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